
1- Escolhendo a região
Os especialistas são unânimes em dizer que esse é o primeiro passo. Para quem passou a vida inteira em uma cidade, deve ser fácil mesmo. Mas experimenta vir do interior, chegar a uma cidade do tamanho de São Paulo e ter de escolher um ponto onde você vai fincar suas raízes pelos próximos anos. Complexo, né? Cada bairro tem seus encantos - bares, parques, serviços, cinemas e até metrô, o que, se tratando de São Paulo, é um baita encanto! Poucos concentram tudo isso e ainda cabem na sua renda de trabalhador terceirizado mal remunerado. O jeito é eleger o que você considera indispensável e gastar sola de sapato. No meu caso, os eleitos foram o silêncio e o fácil acesso aos locais de trabalho/ diversão. Como moro aqui há alguns anos, já dá para ter uma boa noção dos lugares onde preciso ir e dos lugares onde nunca vou. Mas isso não é tudo. Encontrar um pedaço que seja ao mesmo tempo silencioso e próximo de importantes vias de acesso é um senhor desafio. Para completar, a outra parte do casal precisa de metrô. Então, recapitulando: precisa ser silencioso, de fácil acesso e relativamente perto de metrô. Alguns corretores reagem com certa ironia quando digo isso (já ouvi de um deles a pérola "quer silêncio? sai de são paulo, ué"). Outros apostam na deficência auditiva dos clientes na hora de mostrar o apartamento. "Esse é o barulho normal da cidade", gritava uma corretora enquanto tentava me convencer da maravilha de morar em um edifício de 40 anos em plena Consolação (os artifícios usados por esses profissionais, aliás, é tema de outro texto). Mas o fato é que conciliar tranqüilidade e acesso a transportes não é nada tão absurdo quanto possa parecer. Basta dar uma boa andada pelo interior dos bons bairros para encontrar redutos de sossego. E claro, torcer para que alguém queira se desfazer de seu imóvel nessas ilhas de silêncio...
Um comentário:
Difícil. não sei se conseguiria.
Vem p/ Jaguar! ha ha ha ha ha
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