Mais louco é quem me diz

Enquanto o Big Gato não sai e Joaquim me permite alguns momentos de descanso, aproveito para colocar o cinema em dia. E faço questão de recomendar um filme que acabo de ver: Loki, Arnaldo Baptista. Produzido pelo Canal Brasil e dirigido por Paulo Henrique Fontenelle, é um documentário que conta a história do cabeça dos Mutantes. E, se a história do cara por si só já é um acontecimento (tanto dentro do grupo quanto fora dele), o filme trata de deixá-la ainda mais saborosa. Tudo começa com um depoimento do próprio Arnaldo falando de sua vida em Juiz de Fora e dos quadros que pinta, e pouco a pouco vão-se intercalando depoimentos e imagens da banda em ação. Tudo bem que com uma trilha musical dessas o diretor já tinha meio caminho andado, mas a edição primorosa e os depoimentos mais variados possíveis (incluindo os de Kurt Cobain e Sean Lennon) também ajudam a deixar o resultado sensacional. Emocionante. Tanto que no final do filme, vi uma coisa que há tempos não via: enquanto os créditos não terminaram, ninguém (ninguém mesmo, nem aqueles cabeçudos que levantam e não vão embora) saiu do cinema.