O mundo está ficando chato

Está na capa da Folha de S. Paulo de hoje: foi aprovado o projeto de lei que proíbe o fumo em locais fechados e extingue os chamados fumódromos. Agora, em todo o Estado, para fumar um cigarro, só na rua mesmo. Concordo que fumar em restaurante, em shopping e em outros locais onde não-fumantes fiquem sujeitos à fumaça é uma tremenda falta de educação. Mas qual o problema em fumar no fumódromo? Pode parecer opinião de fumante indignado, mas não é, não. É que realmente acho uma idéia contraprodutiva - e não gosto dessa onda politicamente correta que tomou de assalto nossa vida nos últimos anos. Pegue como exemplo alguém que trabalhe em uma grande empresa, por exemplo. Se antes o cara levantava e ia fumar no espaço destinado a isso dentro da própria empresa, a partir de agora essa pessoa vai ter que sair da mesa dela, descer não sei quantos andares, passar pela catraca da empresa e ir até a rua. Agora multiplique isso pelo número de vezes que essa pessoa fuma ao longo do dia e veja o tanto de tempo que será perdido. E não, não se iluda pensando que o cara vai fumar menos, pois não vai. Se fumar menos, certamente ficará mais tenso, e aí caímos na contraprodutividade de novo. Eu não sou nostálgica, mas tenho uma ponta de saudades da época em que ficava cada um na sua, mas com alguma coisa em comum. Do jeito que a coisa anda, logo logo comer pastel na feira vai ser uma atitude condenável - afinal, vai saber o impacto ambiental que todo aquele óleo usado pode causar...